Nova app visa combater o uso incorreto de medicamentos
A Terah, fundada pelo farmacêutico João Mota, tem como objetivo auxiliar os doentes na gestão do consumo diário dos seus medicamentos, evitar essencialmente a sua sobreposição e tornar mais próxima a relação com os profissionais de saúde. A aplicação é gratuita e "está pensada para ser o mais simples possível para que possa chegar a mais pessoas", explica o fundador.
A função da Terah é indicar as sobreposições e interações terapêuticas, recomendar sobre as tomas e alertar o utilizador para a toma da sua medicação no horário prescrito. O objetivo da app não passa só por chegar à população mais idosa, que tende a ter mais dificuldade na gestão da terapêutica, mas também a pessoas de outras faixas etárias. "Uma em cada cinco mulheres refere que se esquece frequentemente da toma da pílula, ou seja, o problema não está só associado aos mais velhos", explica João Mota.
A plataforma trabalha com mais de 50 mil medicamentos aprovados pelo Infarmed. O farmacêutico explica que estes medicamentos fazem parte de uma base de dados pública e que foi através desta que introduziram toda a informação na app.
Para aceder à aplicação, disponível para os sistemas operativos android e IOS, basta descarregar para o telemóvel, fazer um registo, introduzindo os dados pessoais e de seguida adicionar os fármacos que toma. Este perfil pode ainda ser partilhado com um médico, farmacêutico ou familiar para que possam acompanhar o historial clínico. No mesmo dispositivo é possível agregar mais do que um perfil, dando desta forma acesso ao cuidador informal. É ainda possível adicionar o animal de estimação, caso ele tome medicação.
"A Terah assume-se como uma plataforma inovadora, que se pretende única no mercado nacional e internacional, e que assenta a sua vantagem competitiva num conjunto de valências reunidas num único suporte, à distância de um clique", afirma João Mota.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde "50% dos utentes não efetua a toma dos medicamentos corretamente", o que resulta em "10% dos internamentos".
(Notícia publicada a 28 de setembro de 2022 no Jornal de Notícias)